Ação e Oracle na Lava Jato

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dr_gori
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A Oracle e a Ação Informática entraram na mira da Lava Jato, devido a um contrato fechado pela Ação com tecnologia Oracle no Banco do Brasil em 2010, no qual a Polícia Federal suspeita que houve pagamento de propina para uma empresa de consultoria controlada por José Dirceu.

Segundo revela o Estado de São Paulo na sua edição desta quinta-feira, 28, Enio Issa e Maurício David Teixeira, dois ex-sócios da Ação (a empresa foi vendida para a Ingram Micro em outubro do ano passado) deram depoimentos nesse sentido para a PF no final de junho.

A Ação pagou R$ 4,9 milhões entre 19 de abril e 26 de junho de 2010 para a Credencial Construtora Empreendimentos e Representações, dias depois da Ação participar, em fevereiro, de uma licitação do Banco do Brasil para fornecimento de software e vencer em março o contrato com tecnologia Oracle no valor de R$ 53,2 milhões.

A Credencial, que tem sede em Sumaré, no interior de São Paulo, pertence a Eduardo Aparecido de Meira e Flávio Henrique de Oliveira Macedo, ambos presos em maio na 30ª fase da Lava Jato.

Os investigadores afirmam que a empresa seria usada para canalizar para o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e outros políticos propinas de contratos fechados com o governo federal nas áreas de óleo e gás, energia e tecnologia.

De acordo com o Estadão, os investigadores ainda estão procurando para quem era o destinatário do dinheiro pago pela Ação Informática, que tem ainda hoje sete contratos ativos no Banco do Brasil.
A investigação começou no início do ano após o juiz federal Sérgio Moro autorizar as quebras dos sigilos fiscal e bancário da Credencial.

Segundo afirmou Teixeira, ex-vice-presidente da Ação responsável pela área de governo e grandes contas, os pagamentos para a Credencial foram feitos a pedido da Memora, empresa com sedes São Paulo e Brasília que era uma das concorrentes da licitação no Banco do Brasil junto com a Oracle.

Tanto a Menora quanto a Ação competiam no mesmo edital junto com outras cinco empresas. De acordo com o ex-presidente da Ação, Enio Issa, a ação teria pago comissão para a Menora.

Ainda de acordo com Teixeira, o contato entre a Ação, a Menora e a Credencial teria sido iniciado por Geraldo Trigueiro, então diretor de vendas senior para setor público da Oracle (o executivo saiu da empresa em 2012 e hoje é dono da Qubo, sediada em Brasília).

Teriam participado do encontro um representante da Memora, de nome Giovani, e um consultor “de altura elevada” – que depois Teixeira reconheceu como sendo um dos sócios da Credencial, informa o Estadão.

Teixeira disse à PF que a Ação não pretendia entrar na licitação do Banco do Brasil, mas que Trigueiro teria dito que “a Oracle faria as mudanças necessárias para se adaptar ao edital de licitação do Banco do Brasil”.

O executivo disse ainda que foi acertado a pedido da Memora que os pagamentos seriam feitos diretamente ao consultor da Credencial por “questões tributárias”. Teixeira disse que não sabia que o consultor a ser pago era um dos sócios da própria empresa Credencial.

Intimada a fornecer documentos pela PF, a Ação forneceu contratos e notas da Credencial referentes a outros negócios com órgãos públicos, mas não o BB, fato que teria chamado a atenção dos investigadores, segundo o Estadão. Segundo a Ação informou para os investigadores é “praxe a inexistência de contratos escritos”.

Oracle, Ação Informática e Menora foram procuradas pelo Estadão e negaram irregularidades por meio de suas assessorias de imprensa.

A Oracle disse que não comenta investigações específicas, mas frisou que está comprometida a “conduzir seus negócios com o alto padrão de ética” e que “investiga alegações de má conduta com seriedade e coopera integralmente com qualquer solicitação de autoridades do governo”.

Já a Ingram ressaltou que os fatos se deram cinco anos antes da aquisição da Ação e afirmou que “ tem colaborado com as autoridades brasileiras para elucidar os fatos e continuará a contribuir de maneira efetiva com as investigações em curso”.

A Memora disse que “nunca manteve qualquer relação comercial com a empresa Credencial” e que "desconhece e não é responsável por qualquer tipo de pedido de pagamento da empresa Ação".

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adrianoturbo
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Adriano Alves
---Para cada problema dificil existe uma solução simples.----

E a Lava Jato chegou em outra caixa-preta do governo chamada Tecnologia ,quer dizer já havia chegado antes com o Paulo Renato no caso da Consist e é bom deixar claro que se procurar bem não foi só a Oracle que pagava propinas ,outros gigantes devem está envolvidos nessa jogada.
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