Os 4 desafios da Oracle para fazer valer a compra da Sun

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dr_gori
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Thomas F. G

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Integração de portfólio, bom uso dos poderes do open-source e gerenciamento de crises entre profissionais estão entre eles.

Após conseguir a aprovação da União Europeia para finalmente concluir o processo de compra da Sun (que dura 9 meses), a Oracle, agora, enfrenta a parte difícil: fundir as operações de uma empresa de hardware e software de US$ 11 bilhões, com uma gigante de software de US$ 23 bilhões. É o dilema de trocar um pneu a 100 quilômetros por hora.

Eis um resumo dos quatro desafios centrais da Oracle para os próximos meses e semanas:

1) Estancar o sangue

Em setembro passado, o CEO da Oracle Larry Ellison comentou que a Sun estava perdendo US$ 100 milhões por mês de atraso da conclusão de compra. VARs e distribuidores dizem que os clientes estavam segurando as compras de servidores Sun, por conta da incerteza sobre quais produtos Sun seriam descontinuados pela Oracle e quais sobreviveriam à aquisição. As vendas da Sun no primeiro trimestre fiscal, finalizado em 27 de setembro, caíram 33% com relação ao mesmo período de um ano atrás.

Um passo para resolver esse problema é comunicar rapidamente e com detalhes quais os produtos que a empresa pretende manter e quais não. Ellison prometeu continuar "e até mesmo incrementar" os investimentos em desenvolvimento da linha Sparc, do sistema operacional Solaris, da plataforma de desenvolvimento Java e do banco de dados aberto MySQL. Mas Ellison também disse que a Oracle vai focar no mercado "high-value, high-performance" e que não tem planos de competir contra Dell e HP no segmento de servidores commodiy. Isso deixa aberta a possibilidade que alguns servidores e produtos de storage low-end sejam deixados de lado.

A Oracle agendou uma webcast de cinco horas, na próxima quarta-feira, em que promete prover roadmap de produtos para as empresas combinadas. De se tratar de uma explanação bem detalhada que vai além de ondas de marketing e não encobre planos de descontinuação de produtos - e de eliminação das equipes que os suportam - que não caibam na estratégia de longo prazo.

2) Convencer clientes e parceiros de que leva o hardware a sério

Durante a espera pela conclusão de compra, rumores dão conta de que a Oracle pretende vender as operações de hardware da Sun para outra empresa - Fujitsu é o nome que aparece mais frequentemente - tendo o Solaris, o MySQL, o Java e outros softwares como os prêmios reais.

Esse problema vem junto com a questão da hemorragia financeira da Sun, assim como a solução. Hoje em dia, os únicos produtos de hardware da Oracle são o Exadata Database Machine, idealizado em conjunto com a Sun, utilizando a tecnologia Flashfire, e o servidor de storage Oracle Exadata, onde o database machine é construído.

Ao passo que Ellison e outros executivos da Oracle têm falado sobre combinar hardware da Sun e software da Oracle para criar appliances plug-and-play, está na hora de prover detalhes sobre tais combinações.

3) Convencer o mundo de que pode ser um provedor de software open-source

É fato que a Oracle detém e vende/dá alguns produtos de código aberto, como o banco de dados Berkeley DB e do mecanismo de storage transacional Innobase. Mas, como o ex-analista da Forrester Ray Wong escreveu em um report recente, depois do anúncio da aquisição: comprar a Sun vai tornar a Oracle a guardiã de uma das jóias da indústria open-source, o que inclui o popular MySQL, o Solaris e a plataforma Java.

Não é segredo que a Oracle é uma empresa tão competitiva, do ponto de vista de marketing e vendas, que não hesita em jogar duro com concorrentes como IBM e SAP. A questão é se a Oracle vai resistir em levar vantagem das tecnologias open-source para uma vantagem competitiva, se a oportunidade aparecer. Poderá ela resistir ao lado negro e usar esses novos poderes somente para o bem?

4) Dar conta dos prós e contras de integrar dois grandes players

A Oracle está frente a frente com a tarefa de integrar a Sun e suas organizações de hardware e software dentro de sua própria operação, ao mesmo tempo em que mantém suas altas margens. Fundir-se uma empresa de US$ 11 bilhões, com outra de US$ 23 bilhões significará muitas batalhas de território e egos sensíveis, entre gerentes e executivos, e incertezas e questões morais entre os colaboradores.

Não sera fácil. Felizmente, a Oracle - a quem aquisições dos últimos cinco anos renderam a inclusão de marcas como PeopleSoft, Siebel Systems e BEA Systems - tem desenvolvido experiência na integração de empresas adquiridas. Muitos observadores esperavam conflitos culturais e outras turbulências na época da compra da Peoplesoft. E, de alguma forma, a Oracle deu conta. Conseguirá ela sair bem de novo?

Fonte
victorhugomuniz
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:D

adorei a analogia... trocar pneu a 100 por hora

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


ontem funcionarios da sun (ao menos aqui no rio) tiveram uma conference call com o oracle team.. parece que todos na sun vivem um momento ruim e o discurso foi algo para aquietar-los.. tipo comicio de candito em vespera de eleiçao..

parece que o foco, alem da china, somos nos, Brasil e tambem foi anunciada a abertura de mais de 2 mil vagas para consultores..

em fim
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