Oracle anuncia plano de ação para linha Solaris/Sparc

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victorhugomuniz
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Empresa procura tranquilizar o mercado e recuperar vendas com nova linha de servidores.

A compra da Sun pela Oracle e a falta de uma visão sobre o que poderia ocorrer com os servidores Sparc, herdados na aquisição, fez com que a linha de produto perdesse mercado e tivesse queda de vendas. Para reverter essa situação e tranquilizar o mercado, a empresa de San Francisco anunciou nesta terça-feira (10/8) um roadmap para reverter a situação.

Os planos de ação foram apresentados por um ex-executivo da Sun, John Fowler, agora responsável pelos sistemas comerciais da Oracle. Fowler confirmou as informações de que a Oracle encerrou o desenvolvimento de servidores baseados em processadores AMD e passa a operar de maneira padronizada com os chips da Intel.

Por um período de cinco anos a Oracle vai oferecer suporte e atualizações às máquinas equipadas com os processadores Sparc. A Oracle também informa que irá dobrar o desempenho de aplicativos nesses sistemas a cada dois anos. Fowler também afirmou que os servidores Sparc, atualmente equipados com 32 núcleos e suporte para 4 TB de memória, serão lançados na versão de 128 núcleos e capacidade de gerenciar até 64TB de RAM até 2015.

Programado para ser lançado em 2011, a nova versão do Solaris (SO da SUN), deverá apresentar atualizações relevantes em todos os aspectos, incluindo elementos da solução Project Crossbow, para virtualização de redes. O Solaris 11 vai “gerenciar dezenas de TB de RAM e milhares de processos simultaneamente”, assim Follow.

Para a Oracle, apresentar esse plano de ação é particularmente importante; depois de adquirir a Sun, as vendas sofreram baixas, apesar de a Oracle anunciar que daria continuidade à linha Sun.

Apesar do anúncio de terça-feira, restaram algumas preocupações. A Oracle mantém duas linhas de processadores Sparc distintas: o multi-threaded Ultrasparc, desenvolvido na própria empresa e voltado à linha de servidores T e o Sparc64, fabricado pela Fujitsu e que abastece os servidores de alto desempenho da linha M.

Fowler limitou a exposição ao futuro da companhia, sem pormenorizar dados sobre as duas linhas de processadores. Um analista apontou para a possibilidade de a Oracle aplicar os processadores Ultrasparc em toda a linha de servidores, M e T. O executivo da Oracle afirmou que as duas plataformas baseiam-se na mesma arquitetura e são capazes de rodar processos iguais, logo “isso não interessa aos consumidores”.

Tal tática reduziria os investimentos em desenvolvimento e lhe daria total controle sobre o design dos servidores. Adotar essa estratégia também ofereceria à Oracle a oportunidade de gerar variações baseadas no Ultrasparc, com caches de tamanhos diferentes e interconexões também variáveis. Dessa forma o Ultrasparc se tornaria uma alternativa elegível para os processadores M, de acordo com o analista chefe da Insight64, dos EUA, Nathan Brookwood.

Outra questão que permanece aberta é sobre o processador Ultrasparc T3. Esperado para substituir o T2 Plus, e com previsão para ganhar o mercado até o final do ano, Fowler afirmou, antes da entrevista oficial começar, não poder confirmar se o lançamento ocorrerá, de fato, ainda em 2010.

Perspectivas positivas

Na perspectiva de analistas, o futuro da empresa não estaria comprometido nem enfraquecido, pois “a Oracle mantém o contingente de desenvolvedores do Sparc inalterada e estaria bastante interessada em resultados”, afirma Brookwood.

A analista do IDC Jean Bozman vê o comportamento da Oracle como uma evidência clara de continuidade dos investimentos nas linhas Sparc e Solaris. Ela acredita que até o final de 2010 deva surgir uma atualização para o Solaris 10 para 10.1 ou algo assim. Jean também crê que durante o evento Oracle OpenWorld, marcado para acontecer em setembro, a Oracle divulgue mais informações sobre os planos estratégicos.

Para justificar a retirada dos processadores AMD dos servidores, Fowler afirmou que a Oracle não estaria disposta a fornecer soluções para todos os gostos, demandas e bolsos. A companhia irá continuar a vender servidores para dois processadores que os clientes podem comprar de maneira isolada, mas o foco principal da empresa é desenvolver sistemas para aplicativos críticos e de dimensões razoáveis, como é o caso do software de clustering da Oracle.

AMD

"Quando o cliente opta por nossas soluções para constituir um núcleo operacional e para proporcionar a integração dos sistemas, deixa de ser importante ter todos os processadores possíveis no menu de opções”, diz Fowler. Sobre a possibilidade de a Oracle voltar a empregar chips AMD no futuro, Fowler diz que tal não está descartada.

Em termos gerais, a estratégia da Oracle para os produtos Sun não foi alterada desde o início. A companhia deverá continuar a vender servidores isolados e sistemas para armazenar dados e capazes de rodar sistemas de outros fornecedores; mas o grande foco é chegar a um sistema que possibilite integrar as tecnologias Sun e Oracle de maneira robusta.

OLTP

Ao determinar o design dos servidores e desenvolver todas as camadas de aplicativos, a Oracle acredita que estará em condições de configurar sistemas de gestão e desempenho melhores que os da concorrência. “O melhor jeito de expressar o que quer dizer com isso pode ser encontrado no Exadata System para processamento de transações online (OLTP) e para data warehousing anunciados em 2009”, diz Fowler.

Apesar desses produtos serem baseados em SO Linux e processadores x86, a Oracle ainda não se pronunciou sobre a transposição dessa solução para servidores Sparc/Solaris.

Na competição por uma fatia mais generosa do mercado de virtualização, a Oracle desenvolveu produtos para virtualizar servidores das duas plataformas, x86 e Sparc. A empresa também pretende padronizar as ferramentas de gestão deixando os clientes livres para gerir os dois ambientes a partir de uma ferramenta única. A solução deve estar disponível no mercado a partir de 2012.

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