Disputa com Oracle faz Google cancelar presença no JavaOne

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victorhugomuniz
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Disputa com Oracle leva Google a cancelar participação no JavaOne

Empresas brigam na Justiça por causa de propriedade intelectual relacionada a Java; Google é patrocinadora bronze do evento.

Por causa de suas disputas com a Oracle, a Google afirmou que não estará presente à conferência JavaOne deste ano. A Google é patrocinadora bronze do evento.

“Bem que gostaríamos, mas o recente processo contra a Google e o código aberto tornou impossível para nós compartilhar livremente nossos pensamentos sobre o futuro do Java e do open source de forma geral”, escreveu Joshua Bloch, do Escritório de Programas Open Source da Google, em um blog na sexta-feira (27/8). “Esta é uma constatação dolorosa para nós, que participamos de todos os JavaOne desde 2004, e eu pessoalmente havia feito palestras em todos, com exceção do primeiro, de 1996”.

Duas semanas atrás, a Oracle entrou com um processo contra a Google, alegando que a empresa viola sua propriedade intelectual com o Android. A questão é a Dalvik, a máquina virtual que a Google construiu para rodar Java no Android. Em vez de usar a solução padrão Java Micro Edition para rodar aplicações Java, a Google construiu a Dalvik.

Desde os primeiros dias do Android, alguns especialistas se perguntavam se a Google iria ter problemas legais com a Dalvik. Na época do lançamento do Android, Stefano Mazzocchi, um destacado desenvolvedor ligado a Java e ao Apache, sugeriu que a Google construísse a Dalvik como forma de contornar as questões de licença associadas à JME.

A Oracle afirma que a Google infringe suas patentes e o copyright do Java, que adquiriu recentemente junto com a Sun Microsystems.

A Google optou por lutar na Justiça, afirmando que o processo não tem fundamento e classificando-o como um ataque ao código open source.

Bloch disse que a Google estará pronta para participar de outros eventos e que a empresa está “orgulhosa de participar da comunidade Java de código aberto”.
(Nancy Gohring)

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Você já respondeu a dúvida de alguém hoje?
https://glufke.net/oracle/search.php?search_id=unanswered

Interessante o google se fazendo de bonzinho nesse caso: "viva o java open source".

Java da ORACLE = EVIL
Java do GOOGLE = GOOD

está loco... Google se tornando inimiga de tudo e de todos.
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eu acho a google com uma postura muito arrogante.. em tudo

a oracle é agressiva.. compra tudo.. não deixa de ser tambem porem é outro tipo de empresa..

tenho pra mim que a google ainda cai tropeçando nas proprias pernas.. uns geeks q do nada passam a administrar milhoes, na minha opnião, não pode dar certo.
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Oracle versus Google: Um duelo de gigantes

Saiba porque é que a Google e a Oracle andam às turras.

Recentemente a Oracle processou a Google por esta ter infringido várias das suas patentes registadas. Essas infrações ocorrem no seu novo sistema operativo para dispositivos móveis. O Android. Se ainda não sabe o que é o Android aproveite para ler mais um pouco e fique a saber o que é um.

Em tom introdutório e olhando para um passado recente notamos que os smartphones cada vez mais utilizam "adaptações" de sistemas operativos utilizados em computadores pessoais.

O Windows Mobile é uma "adaptação" do Windows. O iOS é uma "adaptação" do Mac OS X. O Android é uma "adaptação" do Linux que em cima desse sistema operativo tem um ambiente de execução Java. Já os Blackberry, Nokia e restantes têm sistemas operativos criados isoladamente e embora partilhem certas ideias com os sistemas operativos de computadores pessoais diferem muito mais deles dos que os anteriormente referidos.

O Java em especial é um conceito engraçado porque não é um ambiente de execução físico. É virtual! Como assim? É uma máquina virtual que corre sobre uma máquina física. Porque é que se deram ao trabalho? Porque assim podem mudar a máquina física e apenas têm de mudar a implementação da máquina virtual para que todos os programas escritos para a máquina virtual continuem a ser executados na nova máquina física. É portanto uma camada de abstração sobre a máquina física. Ou se preferirem, em termos grossos, é um computador virtual que corre sobre um computador físico.

Esta abordagem é especialmente interessante na indústria mobile uma vez que existe uma imensidão de máquinas físicas diferentes (inúmeros aparelhos feitos por muitos fabricantes). O Java possibilita que os engenheiros de software criem apenas uma vez os seus programas. A implementação da máquina virtual encarrega-se de traduzir o código para a máquina física sobre a qual está a executar . Assim não têm de passar pelo processo moroso e doloroso de adaptação dos programas a cada máquina física existente. É de facto uma abordagem interessante que ajuda a indústria a criar soluções decentes que funcionam numa grande fatia de dispositivos. No entanto não é uma solução perfeita. É um compromisso. Tem os seus contras, que não são do âmbito deste post.

Qual é, então, a legitimidade da Oracle para processar a Google por infração de patentes?

Algumas partes da definição do ambiente de execução Java (no caso da Oracle conhecida como Java Runtime Environment, ou JRE, na gíria da informática) utilizada pela Google (neste caso com o nome Dalvik, a sua versão do JRE) para criar o sistema operativo Android encontra-se patenteada pela Oracle. A Oracle obteve estas patentes quando adquiriu a Sun Microsystems.

Atendendo à aceitação que o Android está a ter por parte dos fabricantes de smartphones, pelas operadoras de rede que estão a dar grande destaque a estes aparelhos e ao facto de ser um potencial negócio de biliões é natural que um padrão comportamental já há muito verificado surja: quem tiver a mínima hipótese de meter algum ao bolso assim o tentará fazer, seja lá de que maneira for.

O problema da Oracle reside em como é que a Google materializou a sua própria adaptação da máquina virtual Java. Existem diversas propriedades intelectuais pertencentes à Oracle quanto à realização de um sistema compatível com Java. Essas propriedades intelectuais descrevem como realizar diversas partes dessa máquina virtual. Propriedades intelectuais essas que a Google terá utilizado no desenvolvimento da sua máquina virtual (o Dalvik), sabendo disso (um vez que contratou vários engenheiros que trabalharam na Sun Microsystems), e não dando crédito, nem pagando os royalties devidos por isso. Mais ainda aliciou e continua a aliciar os produtores de software e hardware a violarem eles próprios essa propriedade intelectual criando e distribuindo aplicações e aparelhos. Pelo menos assim diz a Oracle.

Está aqui a queixa da Oracle.

Se a Oracle ganhar o litígio pode representar um grande rombo nos cofres da Google e pode também significar o fim dos Droids tal como os conhecemos.

Representará também um forte precedente para a comunidade que hoje em dia desenvolve aplicações em Java. Afinal quanto do Java é open source e de livre utilização? Será mesmo um sistema de especificação aberta, como sempre o entendemos? Ou é só se render menos de 500€?

Isto seria um desastre ainda maior para os consumidores que já têm um Droid (estes sim os verdadeiros prejudicados) e para a indústria de desenvolvimento de aplicações mobile uma vez que se perdia um dos grandes jogadores do mercado. O Android. Embora seja um sistema (na minha opinião) bastante inferior ao da Apple (o iOS) é aquele que está melhor colocado para ser bem sucedido no mercado.

Estes litígios podem durar anos. No entanto a indústria mobile está atenta ao resultado da turra entre estes dois gigantes uma vez que cada um dos finais possíveis representa um mundo futuro bem diferente no que toca aos dispositivos móveis.

Concluo dizendo que se está a tornar cada vez mais típica a competição dentro de salas de tribunal do que no mercado. Muitas empresas cada vez mais tentam deitar os outros abaixo em arenas onde não ganham grande clientela com isso. Provavelmente até os prejudica nessa área. As companhias de tecnologia devem sempre salvaguardar as suas patentes, mas parece que o teor dessas patentes está a ficar cada vez mais ridículo. Estão a fazer com que o actual sistema de patentes trabalhe contra a inovação, em vez de a favor dela. Será que os actuais sistemas de patentes são adequados aos dias de hoje? Poderá uma reavaliação daquilo que é passível de ser patenteado estar na ordem do dia?

Quando será que as grandes corporações gastarão os milhões que andam a gastar nos tribunais na melhoria dos produtos dos consumidores (que foi o que fez deles a "grande" companhia que hoje são)?
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Enquanto isso, a Apple ta rindo a toa :-)
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