Oracle: futuro do Java inclui efeitos 3D e código aberto

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victorhugomuniz
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Em palestra no Java One, executivo de produtos demonstra o potencial da tecnologia JavaFX 2.0, cujos controles serão publicados como open source.

O futuro do Java é livre, colorido, animado e tem três dimensões. É o que sugeriu o vice-presidente executivo de desenvolvimento de produtos da Oracle, Thomas Kurian, que apresentou na tarde de segunda-feira (20/9), durante a conferência JavaOne, em São Francisco (EUA), os planos da empresa para a tecnologia Java, parte de seu portifólio depois da aquisição da Sun.

Mas, como se poderia esperar, os efeitos especiais são apenas parte dos planos propostos pela Oracle para o Java – uma tecnologia cujo futuro se tornou alvo de discussão e de dúvidas depois que a empresa decidiu processar a Google pela criação de uma tecnologia similar, em uso no sistema móvel Android.

À época, a decisão de processar a Google espalhou indignação entre a comunidade de código aberto. O “pai” do Java, James Gosling – que deixou a Sun depois de sua aquisição pela Oracle – chegou a promover uma campanha contra a empresa, onde propunha que a comunidade vestisse camisetas com a inscrição “Liberte o Java” durante o JavaOne.

A camiseta de Gosling não apareceu. Em compensação, foram distribuídas milhares de camisetas oficiais, com a inscrição “Eu sou o futuro do Java”, à entrada da palestra de Kurian no Java One – que é realizada em paralelo ao Oracle Open World. Nela, Kurian detalhou os planos para o Java em diversas plataformas, que vão de potentes servidores a eletrônicos de consumo, como tocadores de Blu-ray.

Novos hardwares
“Em relação a Java para servidores e desktops, há duas coisas fundamentais”, explicou Kurian. “Queremos otimizar o Java para novos hardwares e novos modelos de aplicação, e facilitar a monitoração e o diagnóstico dessas aplicações, para dar mais produtividade aos desenvolvedores.”

O executivo citou três projetos em curso: o Projeto Coin, para aumentar a produtividade dos programadores; o Projeto Lambda, para criar “closures” para o Java e explorar o processamento de threads paralelas; e o Projeto Jigsaw, que põe ênfase na modularidade e na diversidade de plataformas, do notebook mais simples ao servidor mais avançado.

“Queremos preparar o Java para as novas classes de máquinas que estão chegando, com mais poder de processador, rede e memória”, ressaltou Kurian. “Queremos fazer o Java explorar múltiplos processadores, fazer com que ele suporte bytecode dinâmico e dar a ele um motor JavaScript mais rápido.”

JavaFX 2.0
Mas a estrela da sua apresentação foi a demonstração da tecnologia JavaFX 2.0, que oferece ao programador Java acesso a recursos gráficos sofisticados por meio de APIs – efeitos que podem ser conferidos também via navegador web, por meio do HTML5. “Queremos interoperabilidade sem restrições entre a máquina virtual e o browser”, revelou.

A demonstração - que foi comemorada com aplausos pela plateia do centro de convenções - mostrou uma aplicação construída inteiramente em Java, com animação, renderização, música, vídeo e gráficos 3D. Uma xícara de café foi construída com wireframe, sombreamento e efeito de vapor, construído com formas geométricas translúcidas que se movimentavam independentemente, por rotas predefinidas.

Em outra parte da demonstração, foi exibido um jogo feito para telas sensíveis ao toque e, depois, um “videowall” com 60 vídeos miniaturizados, rodando em paralelo, que se decompunham como tijolos de um muro que desmorona. O mapa do futuro da tecnologia JavaFX foi publicado no site javafx.com/roadmap.

Diante de tudo isso, não deixa de surpreender a afirmação, feita por Kurian, de que a tecnologia Java FX 2.0 terá seus controles disponíveis como código aberto, numa evidente tentativa de tranquilizar quem desconfia das intenções da Oracle em relação a esse tipo de tecnologia. “Existem 9 milhões de desenvolvedores Java, e queremos que eles nunca mais pensem em escolher outro ambiente para trabalhar”, concluiu.

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