Dona de hardware e software, Oracle avisa: Não somos uma IBM

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Dona de hardware e software, Oracle avisa: Não somos uma IBM

Para empresa, diferença está no foco de atuação, que no caso da Oracle é software - principalmente aplicativos, como os que Larry Ellison detalha nesta quarta-feira.

Estaria a Oracle prestes a se tornar uma nova IBM? Longe disso, garante a empresa do logo vermelho. A diferença fundamental, explica o vice-presidente executivo da Oracle responsável pelo mercado latino-americano, Luiz Meisler, está na forma como as empresas fazem dinheiro. “A IBM ganha dinheiro com serviços, nós não”, esclarece. “Nós somos uma empresa de software, com hardware.”

E esse hardware, resultado da compra da Sun, começa a se tornar mais evidente no portifólio da empresa. No domingo (19/9), na Oracle Open World, em São Francisco (EUA), o CEO da Oracle, Larry Ellison, lançou sua solução combinada de hardware e software, que classificou ambiciosamente de “cloud computing in a box”.

Chamada Exalogic Elastic Cloud, a solução inclui servidores de processamento, de armazenamento e hardware de rede, além de sistema operacional, banco de dados e middleware. Voltado para servir de base a infraestruturas de cloud computing, o sistema é poderoso a ponto de a Oracle afirmar que dois racks dariam conta da hospedagem da rede social Facebook.

Nesta quarta-feira (22/9), penúltimo dia do evento, Ellison deverá detalhar outro lançamento estratégico para a empresa: o Fusion Applications, uma coleção de aplicativos para diversos ramos de negócio e que é resultado de cinco anos de desenvolvimento.

Receitas
No que diz respeito à origem das receitas, Meisler tem razão. No ano fiscal de 2010 encerrado em 31 de maio, a Oracle alcançou uma receita de 26,8 bilhões de dólares. Destes, só 14%, ou 3,9 bilhões – vieram de serviços. Outros 9%, ou 2,3 bilhões, foram provenientes de hardware, fatia que deverá crescer com a colaboração dos produtos com marca Sun. Venda e renovação de licenças e suporte formaram o grosso da receita, com 77% do total (20,6 bilhões de dólares).

Descontado o fato de que a receita da IBM é mais que três vezes maior que a da Oracle (95,8 bilhões de dólares no ano fiscal encerrado em dezembro de 2009), o fato é que mais da metade desse valor (58,5%) teve origem em serviços: 40%, ou 37,3 bilhões, vieram de serviços de tecnologia, e outros 18,5% (17,7 bilhões) vieram de serviços de negócio. Em comparação, software respondeu por 21,4 bilhões (22,3%) e sistemas, por 16,2 bilhões (17%).

Mas a Oracle vai além. Ao combinar software e hardware, Meisler afirma que a empresa fundou um novo paradigma. “Antes, uma empresa de hardware produzia novos chips e as empresas de software a seguiam para explorar a capacidade desses chips. Mas uma empresa com essas duas capacidades, como é o caso da Oracle, é capaz de fazer coisas muito mais poderosas”, argumenta.

Ingresso
Concluida no começo deste ano, a aquisição da Sun serviu de bilhete à Oracle para o ingresso no seleto grupo das empresas de TI que produzem software e hardware, e que tem membros como IBM e HP. A Oracle, no entanto, vê o hardware como o componente (“stack”) que faltava para a oferta de soluções completas, que incluem aplicativos, middleware e banco de dados. Isso também a força a repensar seus alvos, como explica o vice-presidente de indústrias da Oracle para a América Latina, André Papaleo.

“O mercado global de TI é estimado em 700 bilhões de dólares. Quem tem uma oferta completa como a Oracle tem que mirar neste mercado”, ensina Papaleo. Como ilustração, o executivo mostra uma conta “ao estilo do (presidente) Mark Hurd”, recém-contratado pela Oracle. “Desses 700 bilhões, 500 bilhões são investidos por um grupo de 2 mil empresas. É um mercado concentrado”, diz.

Esta realidade fez com que a Oracle procurasse, como diz Papaleo, formas de “elevar o nível da conversa com essas empresas. O que vou vender a elas?”, pergunta.

Parte da resposta veio com a compra da Sun, diz Papaleo. Além de abrir o acesso a mercados em que a Sun já era forte, como o financeiro – que se caracteriza por uso intenso de software feito por conta própria –, a aquisição traz outras oportunidades. “Daqueles 700 bilhões de dólares (que são movimentados pelo mercado de TI), metade vem de serviços. Queremos parte disso mediante a oferta de serviços via combinação de hardware e software.”

Outro caminho
Seria, então, o início de um caminho para se aproximar da divisão de receitas ostentada pela IBM, que tem nos serviços seu principal ganha-pão? Não necessariamente. Na apresentação do Exalogic Elastic Cloud, Ellison afirmou que “outros virão”, dando a entender que a empresa criaria mais sistemas voltados para mercados verticais. Se eles realmente virão, ainda não se sabe, mas o fato é que a Oracle tem investido bastante na oferta de aplicativos para diversos ramos de atividade econômica, da indústria ao varejo e serviços.

E essa atenção extrema aos mercados verticais pode ser a chave para compreender a estratégia da empresa – e o que, por enquanto, a diferencia de seus principais concorrentes. Um bom exemplo é o Fusion Applications, que será apresentado em detalhes pelo próprio CEO Larry Ellison nesta quarta-feira (22/9), na Oracle Open World, e que aposta numa nova abordagem ao estabelecer a inteligência de negócio (Business Intelligence, ou simplesmente BI) como ponto central da aplicação.

“O cerne da aplicação já não é mais o processo de negócio, mas BI”, sustenta Papaleo. “A nova geração de aplicativos é bem mais complexa.”

Talvez a melhor palavra que defina a estratégia da Oracle em relação às soluções Fusion Applications seja cautela. A empresa decidiu investir inicialmente em projetos de implantação que sirvam como referência de boas práticas. Depois de um período, que se estima não passar de seis meses, as soluções serão oferecidas de forma mais ampla, e os futuros clientes deverão se beneficiar da experiência obtida com as primeiras implantações.

“O Fusion é o sonho de toda empresa de aplicativos”, aposta Gustavo Sorgente, vice-presidente de sistemas da Oracle para a América Latina. “Ele combina processos de negócio com SOA e Business Intelligence. Uma transação feita aparece no mesmo instante na tela de BI, o que permite uma melhor tomada de decisão.”

Peso brasileiro
A aposta na oferta de aplicações para mercados verticais – diretamente ou por meio de sua extensa rede de parceiros - parece dar certo. Meisler, que é responsável pela América Latina, não revela números. Mas deixa escapar que, vistas como um todo, as filiais da Oracle na região têm apresentado uma nada modesta “taxa de crescimento de dois dígitos” nos últimos dez anos. “A região é bastante relevante para a empresa”, garante Meisler.

O Brasil, em particular, tem um peso importante neste resultado. Dos cerca de 2 mil funcionários na região, metade está no País – que, aliás, responde por 45% dos resultados da operação latino-americana. Não por acaso, o crescimento da economia brasileira vem tendo forte reflexo nos resultados da Oracle na América Latina.

“Mais gente entra no mercado, a demanda aumenta e isso gera mais transações – e, por consequência, demanda de hardware, tanto pelo aquecimento do negócio como pela reorganização dos data centers”, explica Meisler.

A vice-presidente de aplicações da Oracle Brasil, Sandra Vaz, tem sido testemunha desse impacto. “Temos casos de clientes que cresceram 40% ao ano, num ritmo de expansão que já dura cinco anos”, diz.

Entre os setores mais aquecidos, Sandra cita o de construção civil, varejo e planos de saúde. No varejo, ela cita o caso da rede mineira de lojas de eletroeletrônicos Ricardo Eletro, que em março se uniu à rede varejista Insinuante, da Bahia. “Com a fusão, eles precisaram de mais recursos, mais inteligência de negócios para serem mais lucrativos. As fusões fazem o mercado de TI crescer”, conclui.

Meisler confirma que a agenda da Oracle é de crescimento, tanto para a América Latina quanto em termos globais. O executivo revela que a empresa não considera impossível crescer 50% este ano. “Nossa maior restrição hoje está em contratar e capacitar profissionais para dar conta da demanda”, admite.

“A Oracle está se reinventando”, conclui Meisler. “Há os que inventam e os que seguem. Nós inventamos.”

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Oracle se nega a ser comparada com IBM

Atuante nas áreas de software e hardware, tal qual a IBM, a Oracle avisa: não se compara à concorrente.

Isto porquê, segundo o vice-presidente executivo da empresa responsável pelo mercado latino-americano, Luiz Meisler, a IBM faz dinheiro com serviços e a Oracle, não.

Para exemplificar, o executivo comparou as receitas das duas companhias: no ano fiscal de 2010, encerrado em 31 de maio, a Oracle obteve receita de US$ 26,8 bilhões, dos quais 14% vieram de serviços. Outros 9% foram provenientes de hardware e a venda e renovação de licenças e suporte ficaram com 77% do total.

Já no caso da IBM, da receita de US$ 95,8 bilhões do último ano fiscal, 58,5% vieram de serviços, enquanto software ficou com 22,3% e sistemas, com 17%.

Na Oracle, a área de hardware é resultado da compra da Sun. Fruto da fusão, acaba de ser lançada a Exalogic Elastic Cloud, solução da companhia que engloba hardware e software, sendo classificada pelo CEO Larry Ellison como “cloud computing in a box”, informa o ComputerWorld.

A novidade inclui servidores de processamento, de armazenamento e hardware de rede, além de sistema operacional, banco de dados e middleware.

O objetivo é oferecer uma base para infraestruturas de cloud computing. Conforme Ellison, com o sistema dois racks podem dar conta da hospedagem do Facebook, por exemplo.

E para breve, a Oracle também anuncia o lançamento do Fusion Applications, que abrange aplicativos para diversos ramos de

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