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Partilhar vai contra os princípios da Oracle, diz Scott McNealy

Pela primeira vez, ex-CEO da Sun fala abertamente sobre a venda da empresa para a Oracle e as diferenças da nova adminstração na condução dos rumos da empresa.

Scott McNealy, ex-CEO da Sun, empresa adquirida pela Oracle no primeiro semestre de 2009, esteve bastante reservado até essa semana, quando, finalmente resolveu comentar a compra.

"Me perguntam se tenho algum problema com o fato de Larry Ellison (CEO Oracle) ter comprado a Sun. Não, não tenho. Foi um acontecimento perfeitamente normal no capitalismo. Assim que abrimos o capital da Sun ela se tornou uma empresa passível de compra”, disse durante um discurso em San Francisco.

“Também perguntam se me incomoda o fato dele fazer valer seus direitos proprietários. Mas é outra questão que não me incomoda, apesar de não estar alinhado a nossa filosofia. A Sun não teria feito nada disso”, explica McNealy.

O ex-CEO da Sun falou por 40 minutos durante a the PostgreSQL open-source database conference e ainda respondeu a perguntas. Ele demonstrou o seu humor corporativo com algumas nuances de críticas direcionadas a antigos rivais bem diluídas.

Segundo McNealy, a Sun foi um empresa gerida por capitalistas "de bom coração, geniosos e muito eficientes”. Ellison, por sua vez, seria um “grande capitalista”. O resultado dessa relação termina em “eles lá e nós aqui”. Nas entrelinhas dessas palavras pode-se perceber um tom de queixa na linha do “estou desempregado”.

Ao ser questionado sobre a violação de patentes contra a Google por usar o Java no sistema Android, McNealy respondeu em tom irônico achar engraçado que a Oracle tivesse pedido para a Sun relaxar suas políticas de licença para o Java. Mas, como já havia chamado Ellison de capitalista feroz, McNealy acha certo que o CEO da Oracle defenda seu direito sobre o produto deles. “Eu acredito em patentes e no direito de defendê-las”, diz Mc Nealy.

Perguntado sobre qual seria o futuro do Java nas mãos da Oracle, McNealy não esconde que sua filosofia conflita com a de Ellison. O ex-CEO da Sun não acredita que softwares de código-fonte abertos possam ser domados para obedecer aos modelos de negócios. “Acredito em abrir e em partilhar”, afirma, sem descartar que Ellison pode ter sucesso no seu jeito de gerir a Oracle. “Tudo irá depender da forma de gestão”, conclui.

Possivelmente a Oracle invista um bocado na plataforma Java. “Também depende de quanto irá embolsar com a causa contra a Google”, diz McNealy. Em agosto, a Oracle denunciou a Google por quebra de patentes relacionadas ao Java, os advogados de Eric Schmidt negam veementemente qualquer acusação parecida.

“Sei que a palavra partilhar vai contra os princípios de Larry Ellison, mas ele tinha noção de que qualquer pacote de código fonte aberto pode ser integrado a um novo produto. Aliás, ele mesmo anteviu isso acontecer com o OpenSolaris e com o Java.

McNealy também teceu críticas à industria de software. “Os fornecedores vão até os clientes com preços aceitáveis que, depois, são inflados com taxas de serviço e de manutenção, além de eliminarem as chances deles trocarem de provedor, trancando-os em sistemas fechados”, ressaltou.

Pouco depois, McNealy comparou o mercado de softwares ao de heroína, em que “o primeiro é de graça, sempre”.

No ponto de vista comercial, aliás, os softwares de código-fonte abertos não parecem estar com a saúde melhor que antes. “Motivo pelo qual estou aqui falando com vocês, sem salário nem nada”.

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