HP pode ser comprada por SAP ou Oracle
Enviado: Ter, 04 Out 2011 9:12 am
HP pode ser comprada por SAP ou Oracle, diz analista do Gartner
Segundo Donald Feinberg, a fabricante de hardware é importante para compor ofertas das duas produtoras de ERP, caso ela abandone a venda de PCs para consumidor final.
A saída para a HP encontrar o seu rumo e manter a confiança no mercado, após as constantes trocas de CEOs, pode ser a fusão com a SAP ou com outras companhias de software. A opinião é do vice-presidente de análises de infraestrutura do instituto de pesquisas Gartner, Donald Feinberg, que voltou a comentar sobre uma possível união entre as duas empresas. Porém, ele disse que antes a fabricante de hardware teria de dividir suas unidades de negócios: corporativa e de consumo. Nesse caso, outros candidatos na parte de servidores podem ser Oracle e Microsoft.
Em encontro com jornalistas nesta sexta-feira (30/9) em São Paulo, Feinberg comentou que a HP tem bons produtos, mas que os problemas com a troca de comando traz incertezas para os clientes, que estão renovando os parques de TI. Ele observa que a HP está com problemas de gestão por ter feito quatro trocas nos últimos seis anos, desde a saída da CEO Carly Fiorina em 2005.
A última mudança de comando foi na semana passada, quando Leo Apotheker foi substituído pela candidata a governadora da Califórnia, Meg Whitman. O ex-CEO da SAP estava há 11 meses no comando da HP. Ele sucedeu Mark Hurd, que deixou a companhia acusado de envolvimento em um escândalo sexual com uma ex-consultora de marketing de uma empresa terceirizada.
Apotheker foi demitido por ter tomado diversas decisões que estimularam críticas, incluindo a separação da divisão de computadores da HP, que foi anunciada antes de a empresa ter encontrado compradores. A HP não atingiu as metas financeiras nos últimos nove meses e as ações da empresa caíram pela metade durante a sua gestão.
Problemas de comando
“A HP tem os melhores servidores x86 e foi a empresa que mais cresceu com a venda desses equipamentos nos últimos cinco anos. O problema da HP é o board e não os produtos, que são bons”, afirma o analista do Gartner. Ele acha que a fabricante deveria focar as atenções apenas no segmento corporativo, seguindo o modelo que deu certo na IBM, quando decidiu sair do mercado de consumo, com a venda da divisão de computadores de consumo para a Lenovo.
Feinberg considera que o atendimento aos dois segmentos demanda muito energia das companhias, que precisam ter estruturas duplicadas de vendas e marketing. “Hoje, as empresas não podem mais fazer tudo”, ressalta.
Caso a HP adote essa estratégia, o analista do Gartner acha que a unidade de computadores corporativos pode ser um complemento importante para a SAP na hora da venda de seus aplicativos. Outro ganho para a fornecedora de software é o braço da HP de serviços, antiga EDS.
O especialista acredita que a produtora alemã de sistemas de gestão empresarial (ERP) conseguirá atender melhor aos clientes na entrega de uma solução completa. Hoje, a SAP depende de acordos com fabricantes de computadores para integrar a plataforma Hight-Performance Analytics Appliance (Hana), baseada em nuvem que combina hardware, storage, sistema operacional, software de gerenciamento e recurso de busca de dados in-memory.
Outros possíveis casamentos
Além da HP, o analista do Gartner avalia outros possíveis casamentos envolvendo a HP. Ele diz que a Microsoft é um potencial candidato à compra da fabricante de hardware para poder ter ofertas completas para o mercado corporativo, principalmente o sistema operacional Windows para servidores e sistemas para cloud computing. Há dois anos, Feinberg afirmou que era a HP que iria comprar a Microsoft. Agora a situação pode se inverter.
Outra associação que não está descartada é com a Oracle. Segundo Feinberg, embora a empresa de Larry Ellison já tenha a linha de hardware da Sun, ela precisa de um braço de servidores mais forte que traga receitas maiores na venda composta com aplicativos da marca.
Fonte
Segundo Donald Feinberg, a fabricante de hardware é importante para compor ofertas das duas produtoras de ERP, caso ela abandone a venda de PCs para consumidor final.
A saída para a HP encontrar o seu rumo e manter a confiança no mercado, após as constantes trocas de CEOs, pode ser a fusão com a SAP ou com outras companhias de software. A opinião é do vice-presidente de análises de infraestrutura do instituto de pesquisas Gartner, Donald Feinberg, que voltou a comentar sobre uma possível união entre as duas empresas. Porém, ele disse que antes a fabricante de hardware teria de dividir suas unidades de negócios: corporativa e de consumo. Nesse caso, outros candidatos na parte de servidores podem ser Oracle e Microsoft.
Em encontro com jornalistas nesta sexta-feira (30/9) em São Paulo, Feinberg comentou que a HP tem bons produtos, mas que os problemas com a troca de comando traz incertezas para os clientes, que estão renovando os parques de TI. Ele observa que a HP está com problemas de gestão por ter feito quatro trocas nos últimos seis anos, desde a saída da CEO Carly Fiorina em 2005.
A última mudança de comando foi na semana passada, quando Leo Apotheker foi substituído pela candidata a governadora da Califórnia, Meg Whitman. O ex-CEO da SAP estava há 11 meses no comando da HP. Ele sucedeu Mark Hurd, que deixou a companhia acusado de envolvimento em um escândalo sexual com uma ex-consultora de marketing de uma empresa terceirizada.
Apotheker foi demitido por ter tomado diversas decisões que estimularam críticas, incluindo a separação da divisão de computadores da HP, que foi anunciada antes de a empresa ter encontrado compradores. A HP não atingiu as metas financeiras nos últimos nove meses e as ações da empresa caíram pela metade durante a sua gestão.
Problemas de comando
“A HP tem os melhores servidores x86 e foi a empresa que mais cresceu com a venda desses equipamentos nos últimos cinco anos. O problema da HP é o board e não os produtos, que são bons”, afirma o analista do Gartner. Ele acha que a fabricante deveria focar as atenções apenas no segmento corporativo, seguindo o modelo que deu certo na IBM, quando decidiu sair do mercado de consumo, com a venda da divisão de computadores de consumo para a Lenovo.
Feinberg considera que o atendimento aos dois segmentos demanda muito energia das companhias, que precisam ter estruturas duplicadas de vendas e marketing. “Hoje, as empresas não podem mais fazer tudo”, ressalta.
Caso a HP adote essa estratégia, o analista do Gartner acha que a unidade de computadores corporativos pode ser um complemento importante para a SAP na hora da venda de seus aplicativos. Outro ganho para a fornecedora de software é o braço da HP de serviços, antiga EDS.
O especialista acredita que a produtora alemã de sistemas de gestão empresarial (ERP) conseguirá atender melhor aos clientes na entrega de uma solução completa. Hoje, a SAP depende de acordos com fabricantes de computadores para integrar a plataforma Hight-Performance Analytics Appliance (Hana), baseada em nuvem que combina hardware, storage, sistema operacional, software de gerenciamento e recurso de busca de dados in-memory.
Outros possíveis casamentos
Além da HP, o analista do Gartner avalia outros possíveis casamentos envolvendo a HP. Ele diz que a Microsoft é um potencial candidato à compra da fabricante de hardware para poder ter ofertas completas para o mercado corporativo, principalmente o sistema operacional Windows para servidores e sistemas para cloud computing. Há dois anos, Feinberg afirmou que era a HP que iria comprar a Microsoft. Agora a situação pode se inverter.
Outra associação que não está descartada é com a Oracle. Segundo Feinberg, embora a empresa de Larry Ellison já tenha a linha de hardware da Sun, ela precisa de um braço de servidores mais forte que traga receitas maiores na venda composta com aplicativos da marca.
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